Em uma escola lidamos com conflitos diários e posso afirmar que esta não é uma tarefa fácil!

As relações interpessoais podem alcançar o equilíbrio que precisamos através do diálogo e do respeito as particularidades. Falando mais especificamente do grupo escolar, podemos dizer que a troca praticada no dia a dia ao ouvirmos nossos alunos, aliada ao aprendizado concreto e significativo podem promover uma educação completa e de qualidade.

Compreendemos todas as dificuldades presentes na educação e entendemos que o nosso papel é de orientar os educandos no caminho do conhecimento e, claro, aprender com a realidade de cada aluna e aluno.

Quando uma criança ingressa no ensino fundamental, traz consigo muitas expectativas e responsabilidades nela depositada; como se o primeiro ano fosse o início de sua vida escolar, e neste momento é como se encerrassem as “brincadeiras”, se desligasse o botão do lúdico, da construção, das descobertas e se acionasse o da aprendizagem, do conhecimento e das notas azuis. Mas precisamos enxergar que a educação formal se inicia nos primeiros anos de vida e que tudo que aprendemos e vivenciamos faz parte de nossa formação, que é através da “brincadeira” que a criança estabelece as relações sociais e constrói o conhecimento.

É neste momento de mudança que o diálogo, o respeito as diferenças têm o seu mais importante papel, ocorrendo não somente dentro das salas de aula, mas também envolvendo todos que fazem parte desse processo.

Dentro das paredes de uma instituição educacional, onde nos deparamos com centenas de famílias e suas especificidades, tratar um aluno como sendo igual a todos os outros, certamente não trará bons resultados. É importante conhecer e respeitar cada um com suas capacidades, limitações e desejos. Quando reconhecemos que nosso aluno é capaz de fazer suas próprias escolhas, que o tempo de aprender e de se relacionar é particular de cada um, que nós educadores devemos orientá-los e não os conduzir por caminhos já traçados, a educação ocorrerá de forma natural e significativa.

Não estamos falando aqui em uma educação utópica, e sim, de uma realidade possível quando a escola trabalha em parceria com a família e não coloca o professor com o detentor e transmissor do conhecimento. Entendemos que a escola é parte fundamental de um todo. Assim sendo a relação de confiança e mutualidade com os responsáveis pelos alunos é o que faz a diferença. Educação é isso, fazer a diferença e a Escola Referência faz.

Ana Maria Santos de Oliveira Borges
Coordenadora